Resignação positiva, aceitação dinâmica, Bem-aventurados os aflitos
Por : João Luiz
Peço licença aos leitores deste blog folha Fraterna - este é o nome do blog da Casa da Fraternidade - para relatar um pouco da minha experiência com a doença de Parkinson e minhas observações sobre a resignação ou aceitação, que acredito sejam válidas para outras situações. No livro Plenitude de Joanna de Angelis, por Divaldo Franco, fiz alguns destaques. Nesta obra você, leitor, poderá fazer um estudo melhor sobre o sofrimento.
Na convivência com outros portadores da doença de Parkinson tive a oportunidade de conhecer a visão de cada um em relação as dificuldades que carregam com os sintomas que para esta patologia variam de paciente para paciente. Fundamentalmente a maneira como cada qual aceita sua condição, estabelece as diretrizes para graduação de mais ou menos sofrimento e de melhores ou piores resultados no tratamento.
Basicamente temos quatro maneiras de reação quanto a Doença:
1- NÃO se conforma, revolta-se. Observam-se queixas frequentes, perguntas tipo “Por que comigo? ”
2- Conforma-se aceitando como a vontade de Deus, pagando os pecados ou punição por erros cometidos no passado. Suporta tudo sem esforço de transformação. Tristeza e melancolia.
3- Resignação diante das dificuldades reconhece a doença como consequência de desarmonia e esforça-se no tratamento.
4 compreende e valoriza a oportunidade de fortalecimento e enriquecimento interior. Alegria e bom Humor, paciência e resignação dinâmica diante da dor, utiliza os recurso farmacológicos, mentais e espirituais para minimizar o sofrimento, mas não se desespera diante dele.
Vamos analisar cada item:
A Revolta
Esta é a pior escolha.
“A aceitação do sofrimento é o passo decisivo para a liberação dele, enquanto a rebeldia produz efeito totalmente contrário“ (I).
Dica: inverter a pergunta “por que não comigo? Por que o privilégio, se ninguém está em regime de exceção na terra. Visite pessoas em hospitais asilos e leia depoimentos de pessoas que transformaram completamente a vida após uma doença grave ou acontecimento doloroso.
Resignação Passiva
“O sofrimento não é imposto por Deus, constituindo-se eleição de cada criatura, mesmo porque, a sua intensidade e duração estão na razão direta da estrutura evolutiva, das resistências morais características do seu estágio espiritual” (II) e “A vida é os acontecimentos de cada instante a se encadearem incessantemente” (III).
Não importa investigar o que fizemos no passado e sim o que temos que fazer no aqui e agora. O que a doença, o sofrimento, a dor quer nos dizer, que mensagem nos traz, que valores precisamos conquistar?
Resignação dinâmica
“Este desejo de saúde é firmado na crença e na certeza de que o “Pai não quer a destruição do pecador, mas a do pecado” (IV) e quem defrauda a lei deve recompor-se perante ela (V). Investir sempre no estudo e no autoconhecimento.
A fé que cura
Estado de total confiança na Divindade, vivência plena da consciência espiritual, ser eterno em evolução vivendo uma experiência passageira. Certeza de que o “sofrimento tem vigência transitória”, por ser efeito do desequilíbrio da energia que direcionada para o bem e para o amor deixa de desarticular-se, facultando a todos seres a iluminação, a plenitude, portanto a saúde integral que a todo mundo está reservado pelo Pai Criador. (VI)
Plenitude D. P. Franco/ J. de Angelis
Cap. I, pag. 129
Cap. II, pag. 15
Cap. III, pag. 31
Cap. IV, pag. 101
Cap. V, pag. 101
Cap. VI, pag. 149
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